O IPPDH apresentou junto aos Governos da Argentina e do Uruguai o primeiro guia sobre a Operação Condor

29 de setembro de 2013

O guia, desenvolvido pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL  (IPPDH) , foi apresentado o 24 e 27 de setembro na Argentina e Uruguai , respectivamente. É o primeiro guia para arquivos e fundos documentais com a coordenações repressivas da Argentina, Brasil , Chile, Paraguai e Uruguai.O guia, desenvolvido pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) , foi apresentado o 24 e 27 de setembro na Argentina e Uruguai , respectivamente. É o primeiro guia para arquivos e fundos documentais com a coordenações repressivas da Argentina, Brasil , Chile, Paraguai e Uruguai.

No marco da jornada sobre “Políticas de arquivos nos processos de verdade e justiça”, o IPPDH apresentou o primeiro guia sobre a coordenações repressivas do Cone Sul. A atividade foi co-organizada com a Chancelaria Argentina e a Secretaria de Direitos Humanos da Nação, e foi realizada o 24 de setembro no Palácio San Martín da Chancelaria Argentina.

A jornada foi inaugurada pela Embaixadora María del Carmen Squeff, subsecretária de Política Externa da Chancelaria, Martín Fresneda, secretario de Direitos Humanos da Nação, e Victor Abramovich , secretário Executivo do IPPDH.

Na apresentação também teve lugar um painel de especialistas na matéria e funcionarios da Argentina, que discutiram sobre as políticas de arquivos nos processos de verdade e justiça. Neste painel participaram Jorge Vivar, pesquisador do IPPDH, quem apresentou o conteúdo e o alcance do guía de arquivos; Federico Villegas Beltrán , diretor de Direitos Humanos da Chancelaria; Natalia Federman, diretora de Direitos Humanos do Ministério da Segurança; Ludmila Catella, diretora do Arquivo Provincial da Memória de Córdoba; e Hugo Cañón , ex-promotor e presidente da Comissão Provincial da Memória da província de Buenos Aires.

Além disso, o IPPDH, juntamente com o Governo do Uruguai, a Secretaria Geral do Mercosul e a Organização Memória Aberta, apresentou o guia em Montevidéu, no marco do VII Encontro da Rede Latino-Americana de Lugares de Memória . O evento foi realizado no último 27 de setembro, no Edifício Mercosul. Neste caso, no painel inaugural participaram Oscar Gómez, vice-ministro da Educação e Cultura do Uruguai; Jefferson Miola, diretor da Secretaria do MERCOSUL; Graciela Jorge, secretária de Direitos Humanos para o Passado Recente; e Victor Abramovich, do IPPDH.
Também estiveram os embaixadores do Brasil e da Venezuela para o Mercosul, Ruy Pereira e Isabel Delgado Arria, respectivamente, que destacaram a importância da atividade e ratificaram a decisão de aprofundar a dimensão política e social do proceso de integração regional.

Depois, foi realizada a mesa “Experiências comparativas”, com a presença de Alvaro Rico, decano da Faculdade de Ciências Humanas e Educação da Universidade da República do Uruguai; María Luisa Ortiz Rojas, do Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile; Valeria Barbuto, da Organização Memória Aberta;, e María del Carmen Martínez , pesquisadora e ativista do Uruguai, e Jorge Viviar, pesquisador. O painel foi moderado por Javier Miranda, diretor de Direitos Humanos do Uruguai.

Nas duas jornadas foi apresentado o guía de arquivos, que releva, organiza e difunde informações relacionada com as graves violações aos direitos humanos cometidas no contexto da coordenação repressiva do Cone Sul, e foram compartilhadas as experiências sobre políticas de arquivos e seu papel nos processos de verdade e justiça.

Esta iniciativa surgiu do mandato que recebeu o IPPDH para oferecer assitência ao “Grupo Técnico de coleta de dados, informações e pesquisa de arquivos das Coordenações Repressivas do Cone Sul e em particular da Operação Condor “, que funciona na órbita da Comissão Permanente de Memória, Verdade e Justiça da Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados (RAADH).

Este projeto procura resgatar e difundir o patrimonio de arquivos que documenta a articulação das ações repressivas dos Estados latino-americanos, além de contribuir para os processos de verdade , memória e justiça realizados na região. Por sua vez, procura fortalecer os processos de busca, ordenação e publicidade dos arquivos públicos que são desenvolvidos no bloco regional.

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Projeto financiado com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL
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