Festival de Arte e Direitos Humanos “Reflexos” é realizado pelo IPPDH MERCOSUL

21 de julho de 2025

Com dois dias de apresentações artísticas, espaços de debate, reflexão e troca de experiências, foi realizado o Festival de Arte e Direitos Humanos “Reflexos”, organizado pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH), com apoio da ITAIPU Binacional, nos dias 18 e 19 de julho de 2025, na sede do IPPDH, no Espaço Memória e Direitos Humanos, ex-ESMA, na Cidade Autônoma de Buenos Aires.

Mais de 400 pessoas participaram do festival, que contou com artistas e coletivos de Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, com apresentações de dança, teatro, música, poesia e muralismo sobre direitos humanos.

A abertura contou com a condução de Laurent Tropikalya e as boas-vindas da Diretora Executiva Andressa Caldas, da responsável pela área de Comunicação e Cultura, Cecilia Batemarco, e de Gabriela Alegre, representante do Espaço Memória e Direitos Humanos ex- ESMA.

Em seu discurso, Caldas afirmou: “Vocês nos ajudam a fazer com que os direitos humanos não sejam apenas um marco legal, mas uma experiência real, concreta e compartilhada. Nos ajudam a imaginar o que ainda não existe, a interpelar o que dói e a defender o que sonhamos para um outro mundo
possível. O IPPDH acredita profundamente no poder da arte e da cultura como linguagens essenciais para promover a dignidade humana, a justiça social e a integração dos nossos povos.”

Ela também destacou: “Este encontro não é apenas um festival artístico; é também um ato político, uma afirmação de vida, uma forma de semear memória e futuro desde o sul. Obrigada por estarem aqui, por
colocarem seus corpos e vozes neste espaço que foi silenciado e que hoje fala, canta, dança,
grita e cria. Obrigada por fazerem da arte um veículo de direitos humanos.”

Na sexta-feira, foram apresentadas as propostas de Flor y Truco (música), Krónikas Palestinas (teatro), Muros que Unem (muralismo), Kari Perotti, Folclore Cuir, Kris Alaniz (música). Também houve españos de debate, como as Conversas “A arte como ferramenta de luta pelos direitos humanos e de transformação social na América Latina”, com a intervenção de Adolfo Pérez Esquivel, ativista, professor, escultor e pintor, Prêmio Nobel da Paz, e a participação especial de MC Soffía, rapper, cantora e compositora brasileira. 

No primeiro dia, também, realizou-se um ato em comemoração do 15° aniversário do IPPDH
e os 20 anos da Reunião de Altas Autoridades sobre Direitos Humanos do MERCOSUL (RAADH) e a inauguração da Mostra “MERCOSUL Direitos Humanos: Tecendo Direitos, Construindo Futuro”, que convida a percorrer o MERCOSUL como um espaço regional comprometido com os direitos humanos. 

No segundo dia do Festival houve as apresentações de Mural pela Memória, Útero Geracional, Três (teatro), Origens do tango e do samba, Fúria, o Rugido do Nunca Mais (música), Poesia Migrante e O Caribe Itinerante (poesia), além do painel “Educação, Arte e Ativismo por Direitos Humanos”, com a participação de Susana Tale, integrante de Teatro x a Identidade- La Plata, Argentina; Consuelo Tapia, gestora cultural da Bolívia; Fernanda Lapa, Diretora Executiva do IDDH, do Brasil; Moncho Azuaga, poeta, narrador e dramaturgo do Paraguai; Guillermo Fernández Villa, integrante do coletivo sócio artístico Contra a Parede do Uruguai e de Leandro Cepeda, Diretor-Geral de Políticas Socioculturais de
Quilmes, em representação da MERCOCIDADES.

O festival teve como objetivos visibilizar expressões artísticas que promovem os direitos humanos; gerar um espaço de intercâmbio; promover a sensibilização e educação em direitos humanos por meio da arte; e fortalecer a integração sul-americana. Contou com o apoio das embaixadas de Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai na Argentina, da Rede MERCOCIDADES, do Governo da Cidade de Buenos Aires e do Espaço Memória e Direitos Humanos ex-ESMA.