Especialistas em políticas públicas em direitos humanos da região reuniram-se no IPPDH para formar uma Rede de Pesquisa em contextos críticos e emergenciais

05 de julho de 2024

Pesquisadores e pesquisadoras reuniram-se na sede do IPPDH para avançar na integração de saberes e na construção conjunta de conhecimentos que permita enfrentar situações de crise e emergência.

Representantes do âmbito acadêmico, de organizações internacionais de direitos humanos, do serviço público e da sociedade civil da região reuniram-se nesta quinta e sexta-feira no Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH), localizado no Espaço de Memória e Direitos Humanos, antiga ESMA (Escola de Mecânica da Marinha), na Cidade Autônoma de Buenos Aires, para iniciar a formação de uma rede regional de pesquisa em políticas públicas com foco nos direitos humanos e na troca de conhecimentos e experiências que permita enfrentar situações de crise e de emergência. O encontro, que reuniu 36 especialistas da região, é realizado no âmbito da Rede Arandurã promovida pelo IPPDH com recursos financeiros provenientes do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM).

Na abertura, a Diretora Executiva do IPPDH, Andressa Caldas, acompanhada de Karina Valobra, coordenadora do Projeto IPPDH-FOCEM III e das pesquisadoras deste componente, Luciana Cepeda e Laura Rosenfeld, receberam pesquisadores e pesquisadoras de toda a região que participaram de forma presencial e virtual deste evento: “É uma enorme alegria começar este encontro para esta construção coletiva que nos convoca nestes momentos tão desafiadores no mundo e, especialmente nesta região, já marcada por processos de desigualdade histórica, mas também por décadas de violações dos direitos humanos, no âmbito das ditaduras civis-militares que tivemos na nossa região”. Sobre a formação desta rede de pesquisa, um dos componentes de trabalho da Rede Arandurã, indicou que “Este projeto foi pensado e desenvolvido justamente para buscar comparar experiências e procurar respostas coletivas e coordenadas regionais para toda essa situação que o mundo atravessou, como foi a pandemia da COVID-19 e, obviamente, isso foi se expandido para outros contextos críticos e emergenciais. Para nós trata-se justamente de entrar em contato, construir redes, construir rizomas, construir espaços de interligação que são múltiplos universos interdisciplinares e contribuindo também para a volta a essa presencialidade do encontro, de troca de abraços e perspectivas”, afirmou Caldas.

Durante a primeira jornada, realizou-se o painel “As políticas públicas com foco nos direitos humanos em contextos críticos e emergenciais. Abordagens e desafios” do qual participou Olger Gonzales Espinoza, Assessor de Direitos Humanos em Saúde, OPAS; Elizabeth Kleiman, responsável pela Área de Sistemas Agroalimentares Sustentáveis da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura; Sergio Paixão Pardo, especialista em Normas Internacionais do Trabalho do Escritório da OIT para o Cone Sul; Verónica Baracat, Coordenadora do Programa País da ONU Mulheres; Paula Klenner, Oficial Nacional de Educação do Escritório Regional da UNESCO para a América Latina e María Julia Garcete, Diretora Geral do IIN-OEA. Posteriormente, seguiu a apresentação do segundo painel sobre “Experiências de trabalho em rede para a produção de conhecimento”, que incluiu a dissertação de Matías Bianchi, Diretor de Assuntos do Sul; Natalia Fernández Laya, especialista do Programa em Comunidades de Prática do IIEP UNESCO – Escritório Regional para a América Latina e o Caribe; e Pablo Vommaro, Secretário Acadêmico do CLACSO. Por fim, a quinta-feira foi encerrada com o desenvolvimento de uma mesa de diálogo sobre estratégias de cooperação para a produção de conhecimento em contextos críticos e emergenciais, na qual estiveram presentes Saskia Carusi, Chefe Adjunta do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres nas Américas e no Caribe e Jorge Rodríguez, Coordenador Responsável da Secretaria Técnica Permanente de Mercociudades.

Na sexta-feira, os especialistas da região que compõem a comunidade de práticas de pesquisa avançaram na discussão e na troca de conhecimentos, discutindo linhas de pesquisa em temas como saúde e alimentação; educação; trabalho e previdência social; moradia, habitação e meio ambiente; acesso à informação e violência. Por último, este encontro foi encerrado com reuniões plenárias para conhecer as conclusões do que foi trabalhado nos workshops e para definir os próximos passos no âmbito desta rede.

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Projeto financiado com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL
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