Especialistas e representantes de organizações da sociedade civil trocaram ideias sobre respostas e lições aprendidas para lidar com inundações na região

29 de maio de 2025

Organizado pela Rede de Pesquisa Arandurã, foi realizado na terça-feira 27 de maio o segundo conversatório virtual para analisar contextos críticos e de emergência na região denominado  “Inundações na América do Sul: desafios e respostas com foco nos direitos humanos”, que contou com a participação de especialistas e representantes de organizações da sociedade civil. Este encontro, realizado no âmbito do Projeto IPPDH-FOCEM III “Fortalecimento da institucionalidade regional do MERCOSUL para enfrentar contextos críticos e de emergência (pandemia e pós-pandemia) com políticas públicas com perspectiva de direitos humanos”,  teve como objetivo analisar as experiências das inundações ocorridas nos últimos anos em Santa Fé (2003), La Plata (2013), Rio Grande do Sul (2024), Bahia Blanca (2025) e Campana (2025).

A conversa, que foi liderada pela Diretora Executiva do IPPDH, Andressa Caldas, e moderada por Daniel Martins, Assistente de Pesquisa do Projeto IPPDH-FOCEM III,  girou em três eixos temáticos: causas e efeitos das inundações, respostas para lidar com o contexto e lições aprendidas e recomendações. O encontro contou com as exposições de especialistas e membros da Rede de Pesquisa Arandurã, Daniel Granada da Silva Ferreira, da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil) e Liliana Madrid, docente da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nacional do Centro da Província de Buenos Aires Argentina; com Renato Balbim, Doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2003). Pesquisador Sênior e Consultor de Planejamento no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Isabel López Arquitecta, professora e pesquisadora, ex-Diretora de Planejamento de La Plata. 

Também, com a participação de representantes de organizações como María Claudia Albornoz, sobrevivente da inundação de Santa Fé de 2003 e referente da La Poderosa; James Castro, Assistente de Coordenação Local do Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados do Rio Grande do Sul; Bárbara Rodrigues, Trabalhadora humanitária da Rede Calabria (Rio Grande do Sul) e de Berenice Martinez, referente da Corrente Nacional Martín Fierro de Campana, província de Buenos Aires. 

Esse intercâmbio buscou colocar em diálogo não só os fenômenos hídricos ocorridos e seus impactos, nas diferentes cidades da região, mas também as formas em que estas são gerenciadas, o aprendido, e como se ressignificam socialmente. O seu propósito foi olhar além do desastre, para pensar na reconstrução com melhores políticas públicas focadas nos direitos humanos.  

A Rede Arandurã é uma comunidade regional de pesquisa e bibliotecas do MERCOSUL que trabalha colaborativamente para desenvolver políticas públicas e gerar respostas em contextos críticos e de emergência, como pandemias, catástrofes e outras crises, com perspectiva de direitos humanos.

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Projeto financiado com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL
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