23 de novembro de 2018
O dia 23 de novembro foi declarado o Dia Internacional do Combate à Violência contra Mulheres, para abordar uma das violações dos direitos humanos mais arraigadas, persistentes e devastadoras atualmente.
Segundo a Declaração do combate à violência contra a mulher emitida pela Assembleia Geral do ONU em 1993, a violência contra a mulher é definida como “todo o ato de violência que tenha ou pode ter como resultado dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para a mulher, assim como as ameaças de tais atos, a coação ou a privação arbitrária de liberdade, tanto na vida pública como privada”.
É por isso que o Instituto de Políticas Públicas e Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) aproveita a oportunidade para compartilhar o Manual sobre o Uso do Idioma Inclusivo e Não-Sexista, elaborado pela Comissão permanente de Gênero e Direito das Mulheres e da Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chancelaria do MERCOSUL e Estados associados (RAADH). O documento e sua aprovação tem como finalidade a implementação no MERCOSUL.
O manual parte do princípio que o idioma é flexível e ajustável de acordo com novas realidades e necessidades das comunidades que o utilizam, expressando os valores de uma sociedade. Logo, tudo que não é nomeado é desprezado, e está fadado ao esquecimento.
A linguagem sexista representa uma forma de violência simbólica contra as mulheres. Através de padrões estereotipados, mensagens, valores, ícones ou signos transmite e reproduz dominação em relações sociais, mantendo a subordinação das mulheres como algo normal. Por outro lado, a linguagem não sexista busca reverter uma situação discriminatória e de menosprezo da mulher, que acontece pela escolha de determinadas palavras e estruturas.
Nesse sentido, a linguagem é construída a partir de uma perspectiva de gênero, sem ocultar, subordinar, desvalorizar, excluir ou estereotipar. Este é um desafio crucial para viabilizar progressos e fortalecer uma visão mais igualitária e inclusiva.
Faça download do Manual pedagógico sobre o uso da linguagem inclusiva e não-sexista
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